Ter Coragem Para Seguir em Frente


O mestre budista Chögyam Trungpa dizia que o objetivo da vida consiste em simplesmente ir em frente e fazer da vida um modo de despertar, mais do que de adormecer. A capacidade de continuar nos ajuda a perceber que nenhum problema é sem saída. Seguir adiante significa não nos deixarmos estagnar pela inércia, pelo medo ou pela irritação.
A melhor maneira de nos libertarmos do passado é fazer as pazes conosco mesmos no momento presente. Fazer as pazes com quaisquer lembranças ou sentimentos que possam surgir. De forma que, aos poucos, não seremos mais aprisionados por essas recordações.
Passamos a permitir que antigas imagens sobre nós mesmos vão embora. Continuamos simplesmente a seguir em frente. Nada mais nos faz parar. Sabemos continuar positivamente, pois estamos conectados com nossa confiança básica, com nossa bondade fundamental.
Coragem é a habilidade de mover-se para o futuro, sem olhar para trás: desapegar-se do passado. Lembro-me de um fato ocorrido com Lama Segyu Rinpoche. Ele me contou que anos após ter ido morar nos EUA, encontrou na casa de sua mãe uma caixa fechada remanescente da mudança. Não teve dúvidas: colocou fogo na caixa sem abri-la. Assim, não despertaria a mente do apego, disse-me ele. Uma vez que passara tantos anos sem precisar das coisas que estavam naquela caixa, não era necessário abri-la para saber que o que ela continha era carga extra. Isso muitas vezes me inspira a não remexer em histórias passadas que já esgotaram seus enredos. Em muitos momentos, é preciso saber conter a curiosidade e colocar fogo nas nossas caixas, antes que não possamos mais controlar o impulso de abri-las. 
Há, porém, também momentos em que ir ao sótão remexer em caixas do passado pode ser muito terapêutico. Depois que comecei a escrever este livro, passei a reler meus cadernos de anotações. Sempre tive o hábito de anotar meus sonhos, sessões de terapia e frases-chave que escutei dos Lamas. Agora, ao reler coisas escritas há mais de dez anos, percebo como ainda estou presa a alguns padrões e também como consegui de fato me liberar de outros. Alguns sonhos eram premonitórios. Alguns ensinamentos, hoje, têm mais impacto sobre mim, do que na época que os escrevi. 
Como diz John Welwood: Já que toda a auto-imagem é sustentada por velhas histórias - crenças que nós mesmos nos contamos sobre ‘como é a realidade’ - trazê-las à luz é um passo essencial para afrouxar a sujeição a uma identidade.



A melhor maneira de nos libertarmos do passado é fazer as pazes conosco mesmos no momento presente. Fazer as pazes com quaisquer lembranças ou sentimentos que possam surgir. De forma que, aos poucos, não seremos mais aprisionados por essas recordações.
Passamos a permitir que antigas imagens sobre nós mesmos vão embora. Continuamos simplesmente a seguir em frente. Nada mais nos faz parar. Sabemos continuar positivamente, pois estamos conectados com nossa confiança básica, com nossa bondade fundamental.

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